domingo, 7 de maio de 2017

Sobre suicídio ou esse pensamento que me invade.

Eu poderia aqui, fazer um texto explicando como é esse sentimento de querer morrer. Acontece que nada que eu explique, vai fazer você sentir o que eu sinto. Não é família desestruturada, não é falta de amor, não é falta de Deus no coração. Não é o artigo que você leu que vai explicar, ou seu excesso de zelo que não vai deixar. "Eu sinto. E sinto muito". As pessoas sentem. E sentem diferente, em diferentes níveis. Não adianta tentar explicar algo que você nunca vai compreender, por mais que sinta empatia. Não é de um dia pro outro que você acorda e decide morrer. Eu também fui adolescente, quis conhecer tudo e todos, namorar, viajar, ser dona do meu mundo. Mas aí..a vida acontece. E é um monte de merda pra mastigar. E te mastigar.
Até em dias relativamente bons como hoje, eu chego em casa e revejo detalhes que cortam. Que faz com que eu pense nisso. E isso tá dentro de mim. O suicídio, desejo de morrer, não vai embora. Nunca vai. Nunca. Tá sempre à espreita, esperando eu vacilar, baixar a guarda, pra tomar meus pensamentos. Eu me traio. Saboto. Caio. Rasgo. Choro. Enfureço, me desfaço.
Às vezes só queria virar pó. 

domingo, 9 de abril de 2017

Mão dupla

A gente precisa conversar.
Eu quero de você mais do que pode me dar.
Eu quero carinho, troca, reciprocidade.
Não, não tô falando na cama. Isso já é ótimo. Eu tô falando do depois.
Olho no olho, risada, mão entrelaçada e um beijo gostoso . Pode ser no rosto. Quero companhia pra dias ruins. Companhia quando tudo ficar por um triz. Quero conversar, trocar ideia, sentimento, pêlo arrepiado, receita...Quero te contar daquele sonho que tive com você. E ouvir também o que você tem a dizer. Quero andar em mão dupla, não em via única. Porque essa estrada já tá deserta há um tempo e só queria contemplar o caminho sem ser o único viajante desse momento.